Em troca da “independência” o Brasil assumiu a dívida de Portugal com os banqueiros Rothschild.
O reconhecimento de nossa “independência” ocorreu em 29 de Agosto de 1825.
Acontecimentos marcados em 07 de Setembro:
https://www.onthisday.com/events/september/7
O primeiro deles é registrado no ano 70 a.C:
“O exército romano sob o comando do general Tito ocupa e saqueia Jerusalém”.
No dia 07 de Março de 1808 a Corte portuguesa chega ao Brasil.
Mais acontecimentos em dias 07: https://en.wikipedia.org/wiki/September_7
A seguir trechos da obra de Gustavo Barroso, “Brasil colônia de banqueiros”:
Em 1922, escrevendo sobre o centenário de nossos empréstimos, o sr. Jacob Cavalcanti disse: “o mau estado das finanças do Brasil-Colônia, nos dias próximos à sua independência, retratava a desordem financeira da metrópole; de sorte que o Brasil, tornado independente, entrava logo no regimen dos déficits orçamentários e caminhava a passos largos para a subordinação ao crédito estrangeiro”.
Entramos na vida independente onerados com um empréstimo português, cuja responsabilidade assumimos e com uma tradição de finanças sempre arrebentadas. Dez anos antes, em 1812, o escrivão do Real Erário, Manuel Jacinto Nogueira da Gama, depois visconde de Baependi, declarava lastimável o estado do Tesouro, confessando que não tinha dinheiro nem para pagar aos empregados públicos, que, para não morrerem de fome, esmolavam “o pão da caridade”. Havia tropas a que se deviam vinte e seis meses de soldo!
No Manifesto de 6 de agosto de 1822, o Príncipe D. Pedro clamava, referindo- se às Cortes de Lisboa: “Lançou mãos roubadoras aos recursos aplicados ao Banco do Brasil, sobrecarregado de uma dívida enorme nacional.”
Estendemos a sacola aos banqueiros judeus de Londres, pedindo o favor dum empréstimo e combinamos que seria lançado naquela praça em duas vezes. O contrato da primeira foi passado a 20 de agosto de 1824, entre o marechal de campo Felisberto Caldeira Brant, mais tarde marquês de Barbacena, e o conselheiro Manuel Rodrigues Gameiro Pessoa, mais tarde visconde de Itabaiana, e as casas bancárias Baseth Farquhar Chrawford & C.ª, Fletcher, Alexander & C.ª Thomas Wilson & C.ª 7. O da segunda foi realizado pelos mesmos com o banqueiro Nathan Mayer Rotschild.
Nunca mais sairá dela: Os brasileiros devem guardar bem guardada a lembrança da data: – 12 de janeiro de 1825. Nesse dia, os banqueiros puseram o pé sobre o nosso corpo, passamos a pertencer-lhes e durante cem anos para eles trabalhamos. Entretanto, embriagada pela vã palavra de liberdade, a nação se divertiu com a Abdicação, as rebeldias da Regência, a Maioridade, as guerras do 2.° Império, a Abolição e as revoltas da República, entremeadas de quedas de gabinetes, de mudança de regimes, de sucessões governamentais e de ditaduras, enquanto que, por trás dos bastidores, só os banqueiros, de mãos dadas aos políticos, a governavam e a exploravam.
Os negociadores desse pacto, Barbacena e Itabaiana, eram íntimos e se tratavam em carta por amigo do coração. O primeiro fora acreditado plenipotenciário do Brasil na Grã- Bretanha por uma carta credencial de 12 de agosto de 1822. O segundo fora incumbido especialmente dos ajustes para o reconhecimento da independência. As instruções para tratarem do empréstimo lhes foram enviadas em 1824 pelo ministro e secretário de Estado visconde de Maricá.
A segunda operação do empréstimo da independência foi contratada pelos mesmos negociadores, Barbacena e Itabaiana, com a casa Rotschild. (…)Vejamos algumas das condições contratuais: a 3.ª manda contar os juros desde outubro de 1824 e o empréstimo foi lançado em janeiro de 1825!
Antes de passar adiante, ponhamos em presença do leitor esta conta do Tesouro Imperial que mostra quanto custou em nossa moeda o empréstimo da independência:
Rendeu 12.397:777$777
Pagamos a juros 46.263:878$445
Custou à nação 60.348:179$393
Está aí o doloroso quadro. Os juros elevaram-se quase a quatro vezes o capital. Somando as comissões, que suprimida conta para torná-la mais clara, temos o custo total de 60 mil contos. Foi quanto demos em espécie por 12 mil, além das condições onerosas e perpetuas, isto é, cinco vezes mais.
Até 1857, quando o Banco de França obteve liberdade de taxas de juros, a legislação francesa não permitia empréstimos, particulares ou não, a mais de 5%. A garantia que demos aos banqueiros foi a hipoteca das rendas das alfândegas. Devíamos acabar os pagamentos em 1854. Não o pudemos e os credores magnânimos prorrogaram o prazo por mais dez anos, isto é, até 1864. Desta sorte, o primeiro dinheiro que tomamos emprestado na aurora do Império, nos escravizou até o raiar da guerra do Paraguai!
Em virtude de uma convenção adicional ao tratado de 29 de agosto de 1825, pelo qual a nossa independência foi reconhecida por Portugal, o Brasil tomou a seu cargo o pagamento de £ 2.000.000, sendo £ 1.400.000 dos remanescentes dos empréstimo português de 1823 e £ 600.000 de indenizações pelos bens da coroa real deixados no Império. Estes últimos milhares de esterlinas deveriam ser pagos no prazo de um ano a contar das ratificações dos tratados. Entregaram-se logo ao Governo Lusitano £250.000. O resto foi sendo dado em prestações à legação portuguesa em Londres.
A 1.° de junho de 1829, Barbacena escrevia jubiloso ao Imperador, de Lalenham, dizendo que, finalmente, se ajustara, o empréstimo, reconhecendo o público inglês que Rotschild “tinha confiança e fé nos recursos do Império”. E terminava acrescentando que, enfim, se poderiam equipar as fragatas e levar para diante os negócios da Rainha. Para derrubar D. Miguel e reerguer D. Maria, lá se ia o dinheiro que íamos ficar devendo por dezenas e dezenas de anos! E o marquês se alegrava com a fé e a confiança do poder colossal de Rotschild nos recursos do Império!
Premido pelos credores dos gastos diplomáticos de Barbacena, pelas despesas dos emigrados portugueses, ás quais não bastavam os pagamentos feitos pelo Brasil por conta das £ 600.000 da convenção adicional, o visconde suplica um adiantamento. Rotschild dá, mas cobra por ele 4% de juros. Mais tarde esta soma entrará no computo total a juros de 5%, de modo que rendeu 9%!
O visconde e o marquês a tudo se tinham de sujeitar, porque precisavam de dinheiro para atender a grandes despesas. Segundo confissão do último, com a Rainha, as fragatas e os emigrados, se gastaram £ 177.738, e com o 2.° casamento de D. Pedro I £ 42.272.
Mais informações interessantes:
“Isaac Goldsmid foi nomeado Barão da Palmeira pelo governo português em 1846 pelos serviços prestados na resolução de uma disputa monetária entre Portugal e o Brasil.” https://en.wikipedia.org/wiki/Isaac_Goldsmid
“Em 1807, o exército francês invadiu o Reino de Portugal, que se recusava a participar do bloqueio continental contra o Reino Unido.
Com o fim da Guerra Peninsular em 1814, os tribunais europeus exigiram que a rainha Maria I e o príncipe regente D. João regressassem a Portugal, já que consideravam impróprio que representantes de uma antiga monarquia europeia residissem em uma colônia. Em 1815, para justificar a sua permanência no Brasil, onde a corte real tinha prosperado nos últimos seis anos, o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves foi criado com a elevação do Estado do Brasil à condição de reino, estabelecendo, assim, um Estado monárquico transatlântico e pluricontinental.
Enquanto isso, em 30 de setembro de 1821, as Cortes aprovaram um decreto que subordinava os governos das províncias do Brasil diretamente ao governo de Portugal. O príncipe Pedro tornou-se, para todos os efeitos, somente o governador de armas da Província do Rio de Janeiro, sendo que governador de armas era uma espécie de comandante militar do Exército Português, não sendo um cargo político.
A razão para o título imperial foi a de que o título de rei iria simbolicamente significar uma continuação da tradição dinástica portuguesa e talvez do temido absolutismo, enquanto o título de imperador derivava da aclamação popular, como na Roma Antiga
Após conclusão do processo militar em 1823, restou a negociação diplomática do reconhecimento da independência pelas monarquias europeias. O Brasil negociou com a Grã-Bretanha e aceitou pagar indenizações de 2 milhões de libras esterlinas a Portugal num acordo conhecido como Tratado de Amizade e Aliança firmado entre Brasil e Portugal.
Thomaz Antônio ofereceu a Dom João VI a possibilidade de ele renegar o status de Rei de Portugal para se tornar Imperador: “tornar grande e poderoso Império, e fazer da nação brasileira uma das maiores potencias do globo”. Essa segundo Thomaz Antonio era a vontade dos Iluministas.
Quando D. João VI retornou a Lisboa, por ordem das Cortes, levou todo o dinheiro que podia — calcula-se que 50 milhões de cruzados, apesar de ter deixado no Brasil a sua prataria e a enorme biblioteca, com obras raras que compõem hoje o acervo da Biblioteca Nacional. Em consequência da leva deste dinheiro para Portugal, o Banco do Brasil, fundado por D. João ainda 1808, veio a falir em 1829.“
https://pt.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAncia_do_Brasil
Vimos que a prataria e a biblioteca nos custaram 600.000 libras.
“O tratado foi mediado pelo monarca do Reino Unido, que tinha evidente interesse na independência brasileira, e que informalmente já reconhecia a independência do Brasil antes deste tratado, mas queria conseguir da nova nação a economia do tráfico de escravos.
(…) como resultado das relações comerciais desenvolvidas desde 1808 o Brasil já era o terceiro maior mercado consumidor das exportações britânicas;“
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_do_Rio_de_Janeiro_(1825)
“Alvará de d. Maria I que proíbe o estabelecimento de fábricas e manufaturas no Brasil, argumentando que, com o desenvolvimento das fábricas e manufaturas, os colonos deixavam de cultivar e explorar as riquezas da terra, e de fazer prosperar a agricultura nas sesmarias, conforme haviam prometido aqueles que as receberam. Para que a agricultura e a extração de ouro e diamantes não enfraqueçam por “falta de braços”, a rainha decide proibir todo tipo de fábrica e manufatura têxtil no Brasil, com exceção daquelas que produzissem tecidos grosseiros que servissem para vestuário dos negros e empacotamento de fazendas e outros gêneros. Caso se desobedecesse ao alvará, o fabricante teria que pagar multa para a justiça e a quem lhe houvesse denunciado.”
A Inglaterra cria a guerra do Paraguai para acabar com o processo de industrialização do país, promovido por Solano López:
“Nas últimas décadas, alguns historiadores, como J.J. Chiavenatto, entenderam que, dada a independência econômica paraguaia em relação ao Reino Unido, condição francamente distinta das condições econômicas dos outros países da América do Sul (profundamente ancorados em dívidas e dependentes dele), a coroa britânica teria feito com que Argentina e Brasil iniciassem uma guerra contra o Paraguai. Como o pai de Solano López, Carlos Antonio López, havia firmado em 1850, um tratado com o Uruguai, comprometendo-se a defender este país se a sua soberania fosse ameaçada (a soberania do Uruguai era fundamental para que o país tivesse garantida sua saída ao mar), Brasil e Argentina utilizaram-se desse tratado, depondo à força o governo de Bernardo Berro em favor do caudilho Venâncio Flores. Com isso, o Uruguai passou para a influência do Brasil, assinando o Tratado da Tríplice Aliança, no qual os três países comprometiam-se a lutar contra López, definiam as terras do país que se apossariam e a cobrança de dívida de guerra.”
https://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Solano_L%C3%B3pez
“Pelos seus termos, os portugueses se comprometiam a consumir os têxteis (que seria os tecidos) britânicos e, em contrapartida, os britânicos, os vinhos de Portugal.” Muito mais tecido era comprado do que vinho, fato que gerou uma crise e fome entre a população portuguesa. A solução foi pagar a diferença com o ouro do Brasil, que encheu os cofres de Londres.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Methuen
Quem escravizou, não só os negros, mas também os imigrantes europeus vindos após a abolição, foram eles, mas quem leva a fama de escravagistas somos nós.
O idioma português é o antigo galego, que após mudar de nome, foi castelhanizado. Nosso idioma (brasileiro) é uma língua hispânica, e diferencia-se do europeu (português) não só em sotaque e palavras, mas até as palavras que compartilhamos possuem significado distinto, escrita distinta, além do nosso idioma possuir forte contribuição do italiano. Os portugueses sentem nojo do nosso modo de falar, dizem que falamos brasileiro, não português – nisso concordo – e que falamos errado.
Eles ainda hoje são fortemente influenciados pela Espanha, utilizando muitas palavras puras do espanhol. Após a Espanha, vem o Brasil, com a música e novelas, que eles consomem. Há versões portuguesas de músicas brasileiras e dizem que são deles. A TV mostra constantemente notícias do Brasil, e nenhum deles estranha. Sobre as patifarias que acontecem por lá não se ouve comentários, mas são muito críticos e interessados na política brasileira. Escondem seus podres em baixo do tapete e sempre apontam para os defeitos dos outros, usam os brasileiros como bode expiatório para tudo de errado que fazem em seu país – “as putas em Portugal são todas brasileiras, os bandidos são todos brasileiros, os brasileiros alugam imóveis e saem sem pagar, as brasileiras roubam nossos maridos, os brasileiros roubam nossas vagas nas universidades”… As putas em PT são portuguesas, assim como os bandidos, traficantes e viciados em drogas, muitos têm o hábito de viver nos imóveis e não pagar aluguel, até vendem os móveis, os homens quando imigram para outros países vão sós e casam-se com as mulheres que encontram, os brasileiros pagam mais que o dobro do que um português para estudar em qualquer universidade pública em Portugal.
Textos complementares:
https://amellocristina.wordpress.com/2020/12/16/o-bonapartismo-portugues/
Mais fontes:
https://www.rothschildarchive.org/search/
https://www.rothschildarchive.org/exhibitions/brazil/the_rothschilds_in_brazil
https://www.rothschildarchive.org/archive/rothschild_research_forum/rothschild_and_brazil_microsite
https://www.rothschildarchive.org/exhibitions/brazil/
Historia financeira e orçamentaria do Imperio do Brazil desde a sua fundação, precedida de alguns apontamentos acerca da sua Independencia
https://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/222259
https://odysee.com/@alinecristina:9/Gustavo-Barroso-Brasil-Col%C3%B4nia-de-Banqueiros:8
https://odysee.com/@alinecristina:9/QueroTodaTerraMaisCincoPorCento:8