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O Brasil seria melhor se tivesse sido colonizado pelos holandeses?

Há quem diga que o problema do Brasil deriva da colonização “portuguesa” e que, se essa colonização fosse obra dos holandeses, o país seria muito melhor.

Quem eram os portugueses e os holandeses que vieram ao Brasil?

Portugal surge de um condado do reino suevo da Gallaecia, nome dado pelos romanos à região noroeste da península ibérica. O condado de Portucale – porto da Gallaecia, hoje cidade do Porto (Portugal) – foi dado como dote de casamento para Henrique de Borgonha (ducado da França) e Teresa de Leão, filha do rei Afonso VI de Galícia, Leão e Castela. Desse casamento nasce Afonso Henriques, que será o primeiro “rei” de Portugal com a ajuda de seus parentes borgonheses das ordens de Cluny e Cister.

Predomina, no governo de Portugal, o casamento real entre portugueses e castelhanos (espanhóis). Há relação dessas famílias com outro povo que habitava a península ibérica, estava sempre mudando de reino e região, devido à uma conveniente “perseguição” que sofria em todo lugar por onde passava. Esse povo, em certo momento da história, foi “expulso” da Espanha e refugiou-se em Portugal onde, curiosamente, o casal real sempre pertencia à linhagem daqueles que os expulsaram.

Entre esses acontecimentos ocorre o descobrimento das Américas.

Os judeus são “expulsos” de Portugal e fogem para Amsterdã.

Como vimos, resumidamente, Portugal era um quintal da Espanha. Amsterdã, por sua vez, era também território de domínio espanhol.

A invasão holandesa do nordeste brasileiro acontece durante o período da União Ibérica. A fusão das famílias portuguesa e espanhola garantiu direito ao trono português para o rei Espanhol Filipe II. Nessa mesma época os holandeses lutam por sua independência da Espanha.

Durante o conflito, uma das medidas adotadas por Filipe II de Espanha foi a proibição do comércio espanhol com os portos neerlandeses, o que afetava diretamente o comércio do açúcar do Brasil, uma vez que os neerlandeses eram tradicionais investidores na agromanufatura açucareira e onde possuíam pesadas inversões de capital.

Diante dessa restrição, os neerlandeses voltaram-se para o comércio no oceano Índico, vindo a constituir a Companhia Neerlandesa das Índias Orientais (1602), que passava a ter o monopólio do comércio oriental, o que garantia a lucratividade da empresa.

O sucesso dessa experiência levou à fundação da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais (1621), a quem os Estados Gerais (seu órgão político supremo) concederam o monopólio do tráfico e do comércio de escravos, por vinte e quatro anos, nas Américas e na África. O maior objetivo da nova Companhia, entretanto, era retomar o comércio do açúcar produzido na Região Nordeste do Brasil.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Invas%C3%B5es_holandesas_no_Brasil

Ou seja, antes de “invadir” o Brasil, os holandeses já usufruíam do comércio açucareiro em acordo com o Império espanhol. Graças a uma proibição “surgiu” a possibilidade de criar uma nova empresa lucrativa, expandindo o monopólio comercial desse grupo. É impressionante como a “perseguição” beneficia e expande sua influência.

Portanto, Portugal, Holanda e Brasil eram territórios sob domínio do Império Espanhol. Os judeus “fugiram” da Espanha para Portugal e de Portugal para Holanda. Os judeus da península ibérica já habitavam o Brasil no decorrer da colonização das Américas, recebendo muitas terras da coroa portuguesa (também espanhola), como aconteceu com o judeu Fernando de Noronha, dono da ilha com seu nome, comerciante de todas as riquezas encontradas em solo brasileiro. O comércio de escravos também enriqueceu muitos judeus.

A seguir trechos do livro “História secreta do Brasil”, volume 01, de Gustavo Barroso:

A seguir trechos do livro “Os judeus portugueses em Amsterdam” de Mendes dos Remedios:

Ao acolher tantos refugiados a comunidade judaica de Amsterdã viu-se em situação financeira crítica. A solução:

Os judeus “expulsos” do Brasil pelos espanhóis foram criar sua Nova Amsterdam em Nova York.

“Nova York é conhecida no mundo por abrigar descendentes das mais variadas culturas. O que pouca gente sabe é que a origem da comunidade judaica de lá mistura um naufrágio e a história do Brasil. Os antepassados do rabino Lopes Cardoso viveram no Recife há quase quatro séculos. Ele ainda sabe canções em português e ladino, a língua dos judeus de origem ibérica. O rabino descende dos primeiros judeus que chegaram a Nova York. Foi há 350 anos, em 7 de setembro de 1654. Um monumento homenageia o pequeno grupo de 23 refugiados sobreviventes do naufrágio de um navio que deixou Recife, um mês antes.” https://pt.wikipedia.org/wiki/Nova_Amsterd%C3%A3

A “nação” que vive dentro das nações do mundo não teria alcançado tantos territórios sem “perseguição” e “fuga”.

Apesar da inquisição e perseguição, permanece até os dias de hoje a primeira Sinagoga das Américas, Kahal Zur Israel, em Pernambuco.

Safra é um judeu.

Edmond Jacob Safra, foi um banqueiro magnata judeu sirio naturalizado brasileiro que continuou a tradição bancária de sua família no Líbano, no Brasil, na Suíça, nos Estados Unidos e no restante do mundo.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Edmond_Safra

Sugiro a leitura:

Soldados Judeus Sefarditas e Asquenazes na Invasão Holandesa de Pernambuco

Assim como a península ibérica foi dividida, as Américas também foram. A língua original, galego, com a criação da nova “nação”, Portugal, muda de nome e passa a chamar-se português. Sem leitores para suas obras, o castelhano foi misturado ao “novo” idioma para atrair público. Até hoje em Portugal fala-se muitas palavras e expressões em espanhol, palavras e expressões que não existem no Brasil, que por sua vez, teve grande influência da língua e cultura italianas. Assunto para outro longo texto.

Brasil 500 anos de povoamento – IBGE. Pág. 21

Ingleses, franceses e holandeses passaram a invadir a costa brasileira de forma sistemática e, durante algum tempo, vitoriosa.

Fonte: Brasil 500 anos de povoamento – IBGE

A seguir exporei trechos de um artigo escrito por Manoel Rodrigues Ferreira, em 13 de Fevereiro de 1987, com título “Município e voto distrital na Constituinte”.

A saber:

Manoel é irmão de Tito Lívio Ferreira, ambos maçons, defensores da tese “O Brasil não foi colônia” de 1958, um plágio de outra obra “Las índias no eran colônias” de 1951, do argentino Ricardo Levene.

Segundo os irmãos Ferreira, na documentação da Coroa portuguesa não há a palavra colônia para designar o território brasileiro, então isso significa que o Brasil nunca foi uma colônia portuguesa. Por essa lógica, se os portugueses chamavam a escravidão dos índios e africanos de “trabalho não-remunerado”, então não houve escravidão em território brasileiro…

Índice do livro de Ricardo Levene com o mesmo argumento, plagiado pelos irmãos Ferreira:

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O artigo de Manoel:

A República de Veneza ou Sereníssima República de Veneza, era governada pela nobreza negra, gente da mesma linhagem, que tinha parentesco com certos castelhanos e borgonheses, os mesmos que fundiram-se em casamento para criar uma “nação independente” na península ibérica.

Os primeiros a pisarem em solo brasileiro, obviamente, seriam a nobreza local. Apenas eles e seus descendentes teriam esse título e seus privilégios:

Escravos não fazem parte da plebe e não são citados em nenhum momento no artigo, como se nunca tivessem existido.

Já sabemos a relação do rei com essa nobreza e suas origens, mas há que salientar o fato de nessa época não haver internet ou qualquer outro meio de comunicação ágil e global, assim como meios de transporte que possibilitassem visitas constantes do monarca para possível fiscalização. Uma constatação óbvia, que para Manoel é mais uma “prova” de que o Brasil não foi colônia portuguesa!

Reconheciam porque Portugal era também uma república, tal qual as do Brasil e de Veneza, dito pelo próprio autor.

Os representantes do rei em solo brasileiro eram os mesmos “naturais do lugar”, os que chegaram nas caravelas, tornaram-se nobres, adquirindo a posse de terras, comércio e postos de poder. Estes são os “perseguidos”, que precisam sempre mudar de ares para salvar a pele!

Como um país minúsculo, sem contingente populacional se quer para povoar seu próprio território, também minúsculo, conseguiu colonizar tantos lugares e formar um grande império marítimo?

Não conseguiu, ficou sempre no litoral em pequenas vilas, como faz até hoje em seu próprio país, com muito mais habitantes do que tinha naquela época. Há que recordar as colônias de povoamento, feitas por italianos, japoneses, alemães, poloneses, e tantos outros povos que formaram nossa nação.

Tanto os “portugueses” que estavam no nordeste brasileiro, quanto os holandeses que “invadiram” essa região, pertenciam à mesma fé e “nação”. A nobreza que dominou o Brasil desde o primeiro dia continua até hoje, de geração em geração, a dominar e parasitar o país. Essa nobreza dividida em clãs que misturam-se entre si com casamentos aparentados, formam uma nação separada das demais nações.

Gênova era parte da República de Veneza.

“Ansaldo Doria.

Personagem historicamente documentado, nele começam as genealogias contínuas desta família. Foi cônsul de Gênova em 1134 e depois em 1147, e como cônsul esteve no cerco e assalto a Almería e Tortosa em Castela — pois há muito tinham os genoveses vínculos com a Península Ibérica.” 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Clemenza_Doria

O clã Doria ajudou a financiar as navegações portuguesa e espanhola no final dos séculos XV e XVI. Francesco Doria, banqueiro de Sevilha, financiou as expedições de Cristóvão Colombo, e seu filho Aleramo Doria foi banqueiro do rei João III de Portugal até 1556. Finalmente, a filha de Aleramo, Clemenza Doria, esteve entre os primeiros colonos portugueses do século XVI na colonização do Brasil. Clemenza Doria casou-se duas vezes, seu segundo marido era Fernão Vaz da Costa (1520–1567), filho do presidente da República, Cristóvão da Costa e um bisneto do lendário navegador Soeiro da Costa; eles deram origem à família Costa Doria, que ainda hoje está prosperando, pois um de seus membros, José Carlos Aleluia [da Costa Doria], é representante no congresso brasileiro, e o empresário João Doria Jr. ou João Agripino da Costa Doria III, ocupou um alto cargo no governo de José Sarney no Brasil (1985–1989) e atualmente é o governador eleito de São Paulo.

https://en.wikipedia.org/wiki/Doria_(family)

O Brasil seria melhor se tivesse sido colônia holandesa?

O Brasil nunca deixou de ser colônia, dos que dizem ser holandeses, portugueses, espanhóis, italianos…

O mundo é uma colônia desses parasitas!

Mais fontes de pesquisa:

https://pedrodealbuquerque.wordpress.com/2018/11/08/cristaos-novos-judeus-velhos/

La tradición portuguesa – Los Orígenes (1140-1521). Francisco Elias de Tejada

Os portugueses chamam a Galícia espanhola de “Galiza”, pois para eles, Galícia é somente uma região da Polônia, que tem uma história interessante sobre um certo povo…

Além da aristocracia e nobreza polonesa que habitavam quase todas as partes da área, e os rutenos no leste, existia uma grande população judaica, também concentrada com mais peso na parte oriental da região.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_da_Gal%C3%ADcia_e_Lodom%C3%A9ria

Conheça a história das três gerações de ‘Joões Dorias’ que entraram na política

https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/12/1845402-conheca-a-historia-das-tres-geracoes-de-jooes-dorias-que-entraram-na-politica.shtml

Antepassados do tucano chegaram ao Brasil em 1549, na esquadra que trouxe a Salvador o primeiro governador geral, Tomé de Souza

https://www.gazetadopovo.com.br/politica/republica/filho-de-deputado-de-esquerda-e-exilado-na-ditadura-o-dna-politico-de-joao-doria-que-voce-nao-conhece-6t749rjhb2bnk5efrgek45a2c/

Publicado por amellocristina

Arquiteta e Urbanista

2 comentários em “O Brasil seria melhor se tivesse sido colonizado pelos holandeses?

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